quarta-feira, 27 de março de 2013

O Marride da nha amiga da ofcina


Bom, quand a nha amiga e o marride regrressaram da Comporrta, telefonaram pa ê irr lá pa comerr uns carapaus assades… ó, pá ê adore pexinhe assade… e atã com batatinha czida com casca temprradas com azeite, cu-entrres e alhe…atão… nem se fala! Bom, mas adiante…
Cheguê lá, fui recebida com muites abrraces, até parrecia um jogador do VITÓRRIA, quando marrca um gole e, depois, os outrres o agarram todos que nem o dêxam respirarr… bom, continuande, lá tavam os trrês: a nha amiga, o marride, e o amigue do marride, que é um grranda pão…querr dizer, aquilo nã é um pão, aquile é uma padarria intêrra, daqueles homes que põem logue as horrmonas duma parriga na via rápida da descongelação só dolharr! Alte, espadaúde, olhes azuis, enormes, pestanas escurras, quêxe rachade ó mei, peitos peludes loirres, veias a sobrresaírrem dos braces masculines, mãos grrandes e lindas …bem, mas adiante…ai, que já me perrdi… ah, pois, atã quando a nha amiga e o marride forrem os dois à czinha pa trrazerrem o pêxe o amigue do marride da nha amiga chegou-se ó pé de mim, abrraçou-me muite, emborra com alguma distância, qué uma coisa quê não sabia que querra possível, e ê…bom, uma parriga nã é de ferre, ainda perr cima, aquile tude é da minha idade… bom, quand é já tava com as horrmonas e tude o reste já descongelade, prronta a corresponder das manêrras todas, ele afasta-se, delicadamente e diz: “Obrrigade! Obrrigade!”
– même a tempe, porrque o casal vinha muite sorridente com as trravessas nas mãos pa pôrr da mesa. Ê…fiquê estática, porrque as nhas horrmonas regressaram logue ó ponte de congelação habitual e só me restou, durrante o almoce, continuarr a admirrar aquele corrpe marravilhose e aquela carra dhome tã linda… que erra o amigue do marride da nha amiga, que nã é marride de ninguém….

Autorra: Edite Coelho

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