A IMPORRTANCIA DO FOSFERRE NA VIDA DUM POMBE ENQUANTE AVOA DUM LADE PRRÓ OUTRE NA PRRAÇA DO BECAGE

O outro dia o Charroque da Prrofundurra desafiou-me a escrever uma cronica, talvez também em charroquês, e eu, aceitando o desafio e usando a sugestão de tema que lhe fiz, gizei o seguinte:

A IMPORRTANCIA DO FOSFERRE NA VIDA DUM POMBE ENQUANTE AVOA DUM LADE PRRÓOUTRE NA PRRAÇA DO BECAGE

Apá sóce, a vida dum pombe é trramada. Andarr ávoarr dum lade prróoutre né facil na senhorr. Tarr lá do alte da igrreja á coca dos trranseuntes que passem lá em baixe,  a verr se larguem alguma coisa que se morrfe, requerr munta paciencia...

Come o pombe é dade á grratidão, prresenteia os trranseuntes com cagadelas da roupa. No inverrne exprressem a grratidão inda melhorr, porrque a prraça parrece uma pista de gele com a misturra de água com caca, e os sóces e sóiças que passem lá, muntas vezes parrece aquele musguinhe verrde da murralha, e escorreguem e batem cos taipais dos costades na pedrra. A estátua du Becage, lá do alte e toda cagada goza o prratinhe coespétacule dos merrgulhes em sêque.

O pombe ó nivel do ajuntamente prrovoca também um fenómene curiouse: ná um únique pombe á vista, mas vem de lá um sóce e larrga milho pelo chão e comecem os pombes ávoarr de toude lado prrápanharr a comida. O chão inté parrece que meixe, de tantes que são.

Ó nível amorrose, o pombe também é diferrente. Andem dois ou três de volta duma sóiça, todos enchades quinté parrece que vã rebentarre, ás cabeçadas no arr á Jarrdel, e nã deslarrgam enquante na lhe saltem páespinha. É sexe desprrotegide e descomprrometide, do melhorr do munde animal, sóces.

O pombe é considerrado prraga em muntas parrtes do munde, porrque só avoa, come e caga, nem serrve parra se comerr. Outrres achem que são pitorresques e querrides, e fazem parrte da imagem de turrisme.

Se a prraça du Becage passava sem os pombes? Passava, mas na erra a mesma coisa...

Mas atão e o fósferre? Apá, acendeu-se e apagou-se porr causa do vente, na deu parra escrrever nada. Os pombes na querrem saber de fósferres. Ahúa!

Autorr: Carlos Vieira